A brisa daquela noite passara pela janela adentro trazendo sua companheira inseparável que buscava constantemente um amigo... por cinco minutos: Quimera! Eis o nome dela!
Suspiro instintivamente, meus olhos se fecham deixando um leve sorriso em minha boca e assim começo a escutar minha amiga narrar a história da minha paixão:
-O ar da sedução toca seu corpo, sinta sua presença menina com ar de mulher, sinta-se provocado pelo seu olhar que está te dizendo: “Aqui estou! Desvende-me!”.
Encante-se, meu amigo, não tem porque ter medo – dizia minha amiga, fonte de imaginação – vá a seu encontro, leve suas mãos ao rosto de tua amada, sinta a delicadeza de sua pele, veja como é linda! As deusas do Olímpo se curvam à beleza real desta mulher-menina, meu caro. Choque seu olhar ao dela, sinta o arrepio da emoção de estar com sua amante. Aproxime seus lábios aos dela... mas agora, meu caro, devo partir. Outros amigos me esperam para conversar. Foi um prazer, volto mais vezes!
Junto à mesma brisa com que chegou, minha amiga saiu por minha janela em busca de mais amizades necessitadas de um amparo emocional.
E assim, durmo sentindo minha amada ao meu lado, porém, sem enxergá-la, sem tocá-la e sem sem ela!
(Natan Boanafina)
(Natan Boanafina)